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O livro “A Colher”, de Sandra Siemens, conta a história de uma menina que é repreendida por levar a colher de casa para a cantina da escola, um gesto aparentemente simples que desencadeia uma grande conversa sobre pertença, memória e identidade. A partir deste pequeno conflito, a narrativa revela que a colher é uma herança da bisavó, o único objeto que sobreviveu à guerra e às migrações da família, transformando-se num tesouro afetivo que concentra histórias, perdas e recomeços. De forma delicada e acessível, o livro mostra como um objeto quotidiano pode carregar a memória de várias gerações e reivindicar, em silêncio, o direito a ter um lugar no mundo.
